Ponto prévio a este podcast: não estamos a dizer que a Cortinha Velha tem maus vinhos, longe disso. Pelo contrário. Joaquim Covas lidera este projecto familiar e aposta em vários campos: desde um espumante sério ao primeiro vinagre de alvarinho do mundo. E de Cambeses, onde se situa a sede deta empresa e projecto familiar, nasce uma paixão e uma homenagem. Para ouvir, no meio da animada festa de Monção e Melgaço.
Magnum Wine Radio 209 – Adegga Winemarket decorre no sábado em Lisboa
O André Ribeirinho conta-nos, no podcast, tudo sobre o Adegga WineMarket Lisboa que decorre a 1 de Dezembro em Lisboa e conta mais umas novidades. Não perca o podcast mas fique desde já a saber que a entrada permite experimentar e comprar 500 vinhos entre as 14 e as 21 horas no Armazém 16 em Marvila, a nova sala de provas de vinhos deste evento, que contará com 70 produtores, onde é possível experimentar uma grande diversidade de vinhos, registar as preferências e as descobertas com o SmartWineGlass e, após o evento, receber em casa os vinhos comprados com toda a comodidade.
As recomendações são muitas e vão desde o “Adegga 52”, com escolhas dos produtores, ao “Adegga Ânfora”, um exclusivo para vinhos com estágio ou fermentação em ânforas de barro ou talhas, passando pelo “Adegga Bio” (uma seleção de vinhos biológicos, biodinâmicos, sustentáveis e naturais) e pelo “Adegga Rising Stars”, para quem quer conhecer novos projectos e enólogos em ascensão. Mas a novidade é mesmo a lista “50 Best Values de André Ribeirinho abaixo de 15 euros”, uma proposta para descobrir a qualidade acessível de Portugal no copo de André Ribeirinho, co-fundador do evento, durante uma viagem pelas referências nacionais. E não esquecer a sala premium… como vos disse, tudo no podcast!
Magnum Wine Radio 208 – Em mirandês também se faz vinho!
O vinho chama-se Lhaços. É um nome tipicamente mirandês. Tal como o vinho, as vinhas (situadas entre duas barragens do Douro Internacional, e as gentes que os criam. Carlos Meirinhos é o produtor e o vinho merece uma revisita. Localmente ou pela Vinoteca, vale a pena provar. E aprender mais sobre estas terras da raia, onde já os romanos sabiam aproveitar e que nós deveriamos aproveitar mais!
Ouçam o podcast para saber mais sobre estes vinhos deliciosos!
Magnum Wine Radio 207 – Manuel Pinheiro em entrevista sobre produção, harmonização e… Michelin
Manuel Pinheiro, o presidente da Comissão Regional de Viticultura dos Vinhos Verdes esteve em entrevista referindo vários assuntos importantes: sobre a produção de vinho verde para este ano – um ano que aponta como de menor produção mas muito boa qualidade – os mitos antigos e a forma de harmonização os vinhos de Monção e Melgaço – e todos os outros vinhos verdes – com a refeição e, a talhe de foice, falámos sobre a questão da semana, as estrelas Michelin e algum regionalismo sadio à mistura!
Para ouvir, com um Alvarinho na mão e um bom prato regional a acompanhar!
Baga em congresso no final do mês
Gastronomia de Bordo no Gafanhoto (Gafanha da Encarnação)
O Gafanhoto é uma casa junto às Escolas (dai o nome da rua…) e do Pavilhão Desportivo. Para lá chegar, duas hipóteses, ou pela Estrada da Mota e depois da rotunda da Teka/Heliflex vira na primeira à esquerda até chegar ao pavilhão desportivo e aí vire à direita ou então, na rua principal da Gafanha da Encarnação, vire à esquerda quando notar o stand da Graçamotor. Pergunte e lá chegará.
Com estacionamento fácil, a perdição é logo na(s) entradas. Há quem nem “coma”, só “petisque”. O Paulo e a Gina apostam em produtos frescos – é habitual um cliente ouvir o “não temos” quando a qualidade não é a mesma – e os produtos da ria são deliciosos – noutras ocasiões não perca oportunidade de provar os berbigões, ameijoas e… bem, tudo o resto.
Mais uma vez fomos fazer a experiência gastronómica e, como “gato escaldado”… dizeram-nos que era obrigatório sermos dois a fazê-la. Como eramos exatamente dois, fomos por ai mas por prazer e gula, pedimos umas ostras ao natural de entrada… Estavam deliciosas, servidas com um vinagrete à parte e gomos de limão para tempero. A acompanhar, um flute de espumante Quinta das Bageiras Bruto Branco 2016, a copo, que o resto do menu vinha já a seguir.
A experiência vem com as ovas cozidas, temperadas com pimenta, alho e azeite em tosta seguida da patanisca de bacalhau, achatada, quentinha. a saber ao produto e não apenas ao restante… Com essas duas entradas (mais as ostras) já degustadas, pedimos uma garrafa de Quinta dos Abibes Sauvignon Blanc 2016 para acompanhar a Feijoada de Samos. O tempero puxou o copo, com os samos em boa compaia leguminosa e cheia de tudo o que uma feijoada merece, desde a cenoura à chouriça caseira.
Quando chega o Bacalhau à Gina, uma posta grande – sem dúvida grande – do mesmo, de boa qualidade, feita com primor, a lascar e vinda do forno com a batata e ainda umas migas ao lado… quase que nos arrependemos de ter comigo a feijoada toda 🙂
Derrotados com tanto sabor e quantidade, nem fomos à sobremesa. Pedimos um café e chegámos à conclusão que no Gafanhoto, só se consegue comer bem. Mas é preciso ter apetite para tudo 🙂 Vale a visita, no mínimo duas ou três vezes, e só para conhecer as especialidades. Nota final para a carta de vinhos, a mais completa dos três locais que visitamos. Desde a Bairrada às outras regiões, e com espaço para os Grandes Tintos e Brancos, também ai estamos em casa!
Restaurante O Gafanhoto
Rua da Escola, 21
3830-470 Gafanha da Encarnação
GPS: 40°36’16.6″N 8°43’44.5″W
Google Maps: 40.604608, -8.729022
Horário semanal: terça-feira a sábado entre as 12h00 e as 15h00 e entre as 19h00 e as 22h00, domingos entre as 12h00 e as 15h00. Encerramento semanal à segunda-feira.
Telefone para reservas: (+351) 933 293 713 ou (+351) 234 367 673
E-mail: paulorestauranteogafanhoto@hotmail.com
Gastronomia de Bordo no Maradentro (Ílhavo)
Restaurante situado no centro de Ílhavo, numa transversal da rua principal de acesso às Gafanhas e junto ao Cais da Malhada, o Maradentro tem uma sala simples e eficaz, e pretende – o desenho do nome, da carta e dos próprios vinhos assim o indica – apostar no Mar, no peixe e no Bacalhau.
Apostei mais uma vez na experiência gastronómica, que contemplava os vários momentos da refeição. As entradas, servidas com requinte, continham um azeite de Valpaços com extra acidez e flor de sal, um paté de bacalhau caseiro e ovas cozidas do mesmo, com pimentas de boa consistência. A acompanhar, um saquinho de pão com folar de Vale de Ílhavo, entre outras abordagens – broa, etc, que conjugaram de forma perfeita. Nesta primeira fase, acompanhei as entradas e a Chora com um espumante bairradino, o Quinta das Bageiras Bruto 2016 que esteve em óptimo nível.
A dita “Chora” de Bacalhau – cada restaurante ou local onde a coma irão contar uma versão de como era feita e razão do nome, desde a “lágrima”, o líquido que a cabeça do dito expulsava até às saudades dos pescadores nos seus dóris… – costuma variar entre uma versão bem pobre, em que uns fiapos e partes menos nobres (espinhas, peles, etc) do peixe em azeite ou, como a servida, mais “rica”, com arroz, hortelã e salsa. Mais feita ao estilo das mulheres dos pescadores.
Como prato principal, o arroz de brisa com línguas de bacalhau. Para quem conhece, é um arroz de grelos com línguas de bacalhau bem saborosas e tenras, soltinho, no ponto, e com uma quantidade no tachinho que daria claramente para dois!
Aproveitámos o ensejo para provar um vinho que entrará na carta para a próxima semana e que acompanhou de forma magnífica os dois momentos principais: falo do Fonte do Ouro Reserva Especial Encruzado 2017. Um acompanhamento imprescindível, embora a carta tenha outros momentos de prazer, a preços justos.
E já satisfeito, ainda tinha pela frente o Abafadinho de Bacalhau. O nominativo ilhavense para um tachinho de caldeirada de bacalhau, com o gadus morhua islandês a ser uma posta do cachaço do bacalhau, e de todos os tradicionais acompanhamentos de uma caldeirada: as batatas, pimento, tomate, salsa e umas fatias de pão no tomate.
Já no campo da lúxuria, provou-se as Papas de Abóbora, sem a coloração habitual (devido a uso da canela e do vinho do Porto) mas de sabor característico e onde os frutos secos, postos por cima, davam um toque crocante muito agradável.
E se ainda não pensássemos mais em bacalhau, o café, acompanhado de um biscoito em forma de bacalhau lembrar-no-ia que estávamos numa casa em que o rei de Ílhavo quer estar presente de todas as formas!
Em resumo, uma casa que com um ou dois pequenos ajustes – os tachinhos precisam ser mais bonitos pois o conteúdo merece – pode ter a vida e a frequência de quem quer conhecer o Bacalhau nas suas diversas formas – eles têm um menu de degustação que é para duas pessoas, claramente, pelas quantidades experimentadas no decorrer do Festival!
Restaurante Maradentro
Rua da Malhada, 2A
3830-141 Ílhavo
GPS: 40°36’21.5″N 8°40’32.5″W
Google Maps: 40.605981, -8.675696
Horário semanal: Quarta a segunda-feira: almoços entre as 12h00 e as 15h00 e jantares entre as 19h00 e as 22h30.
Telefone para reservas: (+351) 910 497 439
E-mail: rsvp@maradentro.restaurant
E-mail: info@maradentro.restaurant
Gastronomia de Bordo no Salsus (Praia da Barra)
Para quem não conhece o Salsus, chegar a ele não tem nada que saber… vamos na avenida de entrada na Barra, e na penúltima à direita (basta ver quando se está perto do Mercado, virar ai. Simples. O GPS também resulta, para os neófitos da terra.
O Salsus é um restaurante despretensioso, que aposta em servir os seus clientes – muito dos quais conhecidos, oriundos, durante a semana, do tecido industrial gafanhense e ao fim de semana do tecido industrial aguedense – como se… estivessem em casa. Pratos eficazes, com uma aposta clara nos peixes frescos e para os quais tem duas inovações importantes: peixes identificados na montra e preços não por kg mas sim por porção, evitando a obrigatoriedade da matemática aplicada para o cliente 🙂
Há pratos do dia, correctamente identificados e a carta de vinhos, curta, serve o propósito. Quase todas as regiões representadas, com vinhos facilmente reconhecíveis e a preços modestos. Para o menú que iria degustar aproveitei a opção pela Beira Interior, por um Quinta do Cardo 2016, um 100 por cento Síria que esteja perfeitamente à altura de todos os pratos!
No âmbito do Festival de Gastronomia de Bordo, experimentou-se o menu sugerido, que incluia duas entradas: as ovas cozidas e o guisado de samos de bacalhau sendo o prato principal o lombo de bacalhau na brasa com grelos. Tivemos a oportunidade de provar, igualmente, uma especialidade: a tortilha de bacalhau à Ti Arminda. Esta tortilha é um bom exemplo de um prato simples, em que a cebola, ovos, salsa e bacalhau transformam num bom almoço.
As ovas de bacalhau estavam feitas de forma simples, cozidas, com bom sabor a alho e abundante azeite, com dois pequenos gomos de limão à mão de semear para tempero a gosto. Com uma pedra de sal, ficariam excelentes.
O Guisado de Samos de Bacalhau demonstrou duas evidências: samos de alta qualidade, de origem islandesa, e um trabalho na cozinha onde a conjugação da massa, do tomate do picante produziu um pratinho de “massada de samos” muito agradável à vista e ao paladar.
Fico com pena que este prato (de guisado de samos) não esteja na carta…
Por fim, o lombo de bacalhau na brasa estava no ponto, quer de demolha quer de brasa. E igualmente no tamanho, que alguns restaurante abusam, quer seja por excesso ou diminuta quantidade. Aqui estava tudo certo. Os grelos, claramente de nabiça, conjugaram com as batatase o azeite. Para ficar bem satisfeito. Já sem vontade nenhuma, devido ao menu vasto e de qualidade, alinhámos na sugestão da casa, e o cheesecake comportou-se muito bem!
Resumindo, o Marco António, nome a fazer juz a Salsus, de seu nome Marco António Vinagre tem aqui uma casa onde se come… como se estivesse em casa e quisesse um peixinho. Comida caseira, verdadeiramente de conforto, e que vale a pena visitar. E comer.
*Refeição a convite da C.M. Ílhavo, no âmbito do Festival de Gastronomia de Bordo
Restaurante Salsus
Avenida Vasco da Gama, 22, Praia da Barra
3830-752 Gafanha da Nazaré
GPS: 40°38’29.2″N 8°44’44.7″W
Google Maps: 40.641451, -8.745750
Horário semanal: terça-feira a sábado entre as 12h30 e as 14h30 e as 19h30 e as 21h30. Domingos entre as 12h30 e as 14h30.
Telefone para reservas: (+351) 234 369 120
Magnum Wine Radio 205 – Enophilo, Bairrada e Monção e Melgaço animam fim de semana do Porto
Já leram hoje muito sobre o Enophilo, do Bairrada no Porto também já tínhamos escrito e finalmente surge, embora para profissionais, a segunda edição do Monção e Melgaço a “ligarem-se” aos sabores de Outono.
Seis chefs, doze produtores, 24 estilos de vinhos feitos em Monção e Melgaço. Nós prometemos meter inveja nos dias a seguir aos eventos!
Até lá, ouçam o podcast de hoje!
Enóphilo Wine Fest anima sábado a Alfândega do Porto
O Centro de Congressos da Alfândega do Porto recebe no próximo sábado, dia 18 de Novembro, a terceira edição do ENÓPHILO WINE FEST.
Este evento vínico tem vindo a crescer e apresenta-se no dia 17, este sábado, com nova configuração: dois espaços novos para receber um milhar de enófilos, uma criteriosa seleção de vinhos, três Provas Especiais e, pela primeira vez, a presença de iguarias gastronómicas, com a inspiração de quatro chefes de cozinha.
Foi na edição de 2017, no Porto, que o evento vínico “Wine Fest” ganhou a marca “Enóphilo” e uma nova imagem. A terceira edição ENÓPHILO WINE FEST PORTO 2018 acontece já este sábado e promete reunir cerca de um milhar de enófilos que poderão provar mais de 300 referências de vinhos portugueses, selecionados por Luís Gradíssimo, o organizador.
No próximo sábado, dia 17 de novembro, entre as 15 e as 20 horas, vai realizar-se a terceira edição ENÓPHILO WINE FEST, na Sala dos Despachantes, logo à entrada do Centro de Congressos da Alfândega do Porto, e estarão mais de 300 vinhos em prova, de cerca de 50 produtores das diversas regiões de Portugal. Pela primeira vez o ENÓPHILO WINE FEST PORTO conta com quatro espaços gastronómicos, quatro estações “finger food”, onde os participantes poderão saborear as iguarias de quatro chefes de cozinha: presuntos e queijos de Portugal com a assinatura do Chef Vítor de Oliveira; carapau da nossa costa, pela Chef Margarida Rego; a carne Marinhoa DOP pela inspiração do Chef Filipe Lema; e os deliciosos doces conventuais de Coimbra, com o Chef Paulo Queirós. “Desejamos proporcionar a todos os enófilos uma tarde intensa de provas, vínicas e gastronómicas, que se traduzam numa experiência entusiasmante e que muito contribua para um melhor hábito de consumo de vinhos, de maior qualidade e exigência, seja em casa ou no restaurante”, destaca Luís Gradíssimo que também refere as três provas especiais: “Uma década de Blanc de Noirs da Kompassus” (15h30); “Quinta do Regueiro: A evolução do Primitivo” (17h00); e “Czar, mais de 500 anos de história” (18h30).
Os bilhetes estão disponíveis em www.ticketline.sapo.pt e tem um custo de 10€ em pré-venda (até sexta-feira) e 15€ no próprio dia. A organização empresta um copo Schott Zwiesel para a prova de todos os vinhos e para cada uma das três provas especiais há o bilhete de 25€ que não inclui o acesso ao evento (lugares são limitados); e há ainda o “Pack Enóphilo”, para verdadeiros enófilos, com tudo incluído.
Para os mais curiosos, eis a lista dos produtores confirmados:
Produtores presentes no Enophilo Wine Fest Porto 2018
Vinho Verde: Quinta do Regueiro; Vinho Verde Young Projects (Vale dos Ares, Quinta de Santiago, 100 Igual, Cazas Novas); Quinta de Paços; Land Soul Terrunho / Quinta das Fontes;Quinta do Ferro e Quinta do Outeiro.
Douro: Quinta da Costa do Pinhão; Quinta da Rede; António Maçanita Winemaker; Vinilourenço; Titan of Douro; Somnium; Vieira de Sousa (Douro e Porto) e Blackett (Vinhos do Porto).
Trás-Os-Montes: Quinta do Gago; Romano Cunha; Do Joa; Quinta de Arcossó; PP Wines – Vinhos e Consultoria.
Távora- Varosa: Família Hehn.
Bairrada: Kompassus; Quinta dos Abibes; Quinta da Lagoa Velha; Quinta das Bágeiras; Luís Gomes.
Dão: Quinta Vale do Cesto; Quinta de Lemos; Quinta do Mondego; PP Wines – Vinhos e Consultoria.
Beira Interior: Quinta do Cardo.
Tejo: Casa Cadaval; Quinta do Arrobe.
Lisboa: Infinitude; Quinta de Pancas; Villa Oeiras; Quinta do Rol; Quinta do Lagar Novo.
Península de Setúbal: Herdade do Cebolal; Quinta do Piloto.
Alentejo: Joaquim Arnaud; Vinha das Virtudes; António Maçanita Winemaker; Nunes Barata; Herdade do Arrepiado Velho.
Açores: Czar; António Maçanita Winemaker.