Prova Vínica Ribafreixo Wines

Decorreu na passada sexta-feira a prova de vinhos habitual da Garrafeira 5 Estrelas, desta vez com vinhos da Ribafreixo Wines. É uma empresa ainda recente (faz 10 anos) e que junta a visão cosmopolita do seu fundador, Mário Pinheiro, cuja influência sul-africana, onde viveu, mostra-se no Chenin Blanc (Connections) ao conhecimento profundo do Nuno Bicó. apaixonado pelo rei Antão Vaz e outras castas. A marca mais sonante da casa é Gáudio, seguido dos Pato Frio e Barrancoa.

Mário Pinheiro e Nuno Bicó são os fundadores, Paulo Laureano dá a consultoria enológica, sendo a presença diária assegurada pelo enólogo Jorge Rebocho e Vitor Oliveira conjuga a componente comercial com um saber estar impecável!

Em três anos compraram 28 parcelas de terrenos abandonados, que transformaram numa propriedade única e uniforme à qual deram o nome de Herdade do Moinho Branco, com uma área de 114 hectares, juntinho à Vidigueira.

Provou-se:
PATO FRIO CASHMERE 2016
PATO FRIO ANTÃO VAZ 2016
PATO FRIO VERDELHO 2016
PATO FRIO GRANDE ESCOLHA ANTÃO VAZ 2015
PATO FRIO RED EDITION 2014
GÁUDIO VERDELHO 2016
GÁUDIO CLÁSSICO TINTO 2014
GÁUDIO RESERVA TINTO 2013
GÁUDIO VINHO LICOROSO 100% ANTÃO VAZ

E decorreu a quinta edição do Bairrada Vinho e Sabores…

Como foi garantido, este blog esteve presente no Bairrada Vinho e Sabores. Nunca falhámos uma edição e por isso também não falharíamos esta. Mas como enófilos, fizémos um certo programa paralelo 🙂 Já contaremos tudo, e referimos o que entendemos estar bom, mais ou menos, e a necessitar urgentemente de alteração.

O evento nunca esteve cheio – e o termo de comparação dos outros anos foi igual: a sexta-feira e o sábado mas isso é uma pescadinha de rabo na boca: dá para circular e chegar aos stands e não há encontrões… O espaço é grande (dai dar a sensação de não estar “repleto”) e o número de participantes é limitado.

Aqui estamos no segundo ponto: pelo menos dois/tres produtores novos estiveram presentes (Lagoa Velha, Positive Wine e Terras de Sicó) e não faltou nenhum dos óbvios e bons nomes da Bairrada. Tendo em conta o mercado, neste parâmetro está impecável.

Terceiro ponto: a presença dos produtores e dos vinhos. Aqui é que o problema surge mais amplificado, nomeadamente quando estamos a falar das marcas mais fortes. Mas mesmo assim, na grande maioria das casas, somos recebidos pelos produtores ou enólogos. Alguns falham ou não estão presentes (e a vindima não desculpa tudo) o que se nota. Posso dar o exemplo que em Nelas, no fim de semana passado, a grande maioria das casas estavam os produtores. E isso para os enófilos conta muito.  Quanto aos vinhos, é natural que com produtos “topo de gama” em quantidades diminutas, os produtores não o tragam para a feira. Nada contra. Estratégias. Outros, inteligentes, seleccionam os clientes e usam a conhecida técnica da “garrafa debaixo da mesa”. Perfeito. É que os críticos não se podem esquecer que é uma feira de entrada livre. Deixamos uma sugestão, muito boa, para futuras edições.

Quarto ponto: O programa. Que foi mais do mesmo. Acrescentaram os jantares dos produtores – no local – ao invés os jantares no Velódromo. E acrescentaram o concurso de fotografia. Em relação às provas comentadas, ao invés de figuras nacionais (João Afonso e Fernando Melo) recorreram ao João Filipe Soares (enólogo da Messias) e ao Francisco Antunes (Enólogo da Aliança). O Luís Lopes continua a fazer a sua prova mais superlativa, no sábado às 18h ( o que corta a participação dos que querem estar a ver stand, mas entende-se pois a programação da organização não é a nossa).

No geral, o Bairrada Vinho e Sabores é um conceito semelhante a outros, que ao enófilo interessa e ao público em geral interessa muito. E como é para eles que a Feira é dirigida, só aconselho alguma reflexão sobre as sugestões abaixo.

Pontos positivos: Entrada Livre – Franca Participação dos Produtores – Produtos à disposição, no geral

Pontos mais ou menos: Temperatura de serviço nos tintos – falta de preparação de alguns jovens para enófilos com mais conhecimento – Falta de animação que agarre o público – Falta de informação sobre o preço dos copos (que era bem acessível)

Sugestões de Melhoria: Programação extra-feira (inexistente) – Entrada Premium com direito a “outros vinhos” – Programação musical para o público em geral se deslocar ao local.

As fotos completas dos vinhos provados estão no Facebook do Magnum Wine Club

Bairrada com evento vínico já este fim de semana

O evento vínico mais representativo da Bairrada vai para a sua quinta edição. Quatro anos com o nome Encontro com o Vinho e Sabores Bairrada, surge este ano com o nome Bairrada Vinhos & Sabores, devido às mudanças editoriais da equipa que faz a produção do evento, cuja organização. continua a ser responsabilidade dos principais motores vinicos da região: a Rota da Bairrada e a CVR com o apoio financeiro do Turismo do Centro de Portugal.

36 stands com igual número de produtores presentes fazem desta feira um local único para iniciantes, enófilos e apaixonados do vinho e dos vinhos bairradinos conseguirem provar, beber e experimentar marcas clássicas e recentes. E esta feira permite também conjugar os vinhos com os sabores, seja o omnipresente Leitão seja outras, igualmente excelentes, iguarias.

Mas vamos a factos: as informações estão no site http://bairrada.grandesescolhas.com mas fica aqui o resumo: abre na sexta às 17h, estando aberto até às 22h. No sábado o horário é 15-22h e no domingo, um pouco menos, entre as 15-20h. O local, desde sempre, é o Velódromo de Sangalhos, incluindo para os jantares temáticos, sendo apenas o Museu do Vinho, em Anadia, a casa emprestada para uma das provas vínicas aguardadas.

Para quem puder, há 3 provas vínicas comentadas por Francisco Antunes (Aliança) – espumantes da Bairrada -. João Sores (VPuro e Messias) sobre os brancos e tintos – e no sábado, “Bairrada de ontem e de hoje, em viagem por um terroir único”, uma prova conduzida por Luís Lopes.

A entrada é livre, segundo o site. A nossa experiência em eventos vínicos deste estilo é que, para provar, é necessário um copo de prova, que se compra, com porta-copos, por cerca de 2,5 ou 3 euros. Mas como não temos outra informação, nem isso é referido no site, não sabemos se este ano oferecem o copo.

Aqui ficam os produtores. Boas provas!

Este evento será o tema de hoje do podcast Magnum Wine Rádio que regressa de férias na RVN (Rádio Vila Nova) às 21h.

Prova da Quinta de São José na Garrafeira 5 Estrelas

A Sofia Prazeres desceu a Aveiro para uma prova dos vinhos da Quinta de S.José na Garrafeira 5 Estrelas. Como é óbvio, e sendo em plena época de vindimas, o marido, produtor e enólogo João Brito e Cunha não a pode acompanhar.

Sofia deu-nos a conhecer um pouco da localização da vinha e quinta, da filosofia da produção dos vinhos e conseguimos provar a gama quase completa do ano de 2014 (nos tintos) com excepção do Grande Reserva, de 2013. Os brancos (colheita e Reserva) eram de 2016.

Saliente-se o Touriga Nacional e o Reserva, enquanto que o Colheita Branco sobressaia, pois o Reserva mostrava ainda ser “novo” e precisar de algum tempo em cave para estar no auge.

 

Feira do Vinho do Dão este fim de semana!

Já na sua 26ª edição a Feira do Vinho do Dão, em Nelas, é um bom motivo para partir à descoberta dos honestos e apaixonantes vinhos do Dão e, aproveitando, conhecer a região, as suas gentes e a sua gastronomia.

O programa é o habitual deste tipo de eventos, este ano abrilhantado com uma prova de vinhos dos candidatos (brancos e tintos) para o primeiro concurso Alberto Vilhena e dois eventos com a participação do Chef Diogo Rocha, do Mesa de Lemos.

Praticamente a grande maioria dos produtores da região estarão presentes e nesta feira costuma decorrer venda directa de garrafas. Uma boa opção para “preparar” a garrafeira para o Inverno e conhecer produtos novos que habitualmente não encontra.

Estaremos por lá e depois diremos como correu!

Quinta da Basília e M&M no Meliã Ria

Dois produtores apoiados na região de Aveiro pelo mesmo distribuidor (Vintage Pink) foram as estrelas do último jantar vínico ocorrido no Meliã Ria, que decorreu, como sempre, na última sexta-feira do mês de Junho.

Quinta da Basília e a Cave Central da Bairrada, através da sua marca estrela, os espumantes M&M estiveram em despique. Mas a componente gastronómica casou de forma exemplar com os vinhos e tornou tudo muito mais simples. Pela parte da Cave Central da Bairrada estiveram disponíveis os espumantes m&m gold edition rosé e m&m gold edition branco bruto. O primeiro acompanhou os canapés e o segundo a entrada. Completamente aprovados, para quem conhece o estilo destes espumantes.

Por parte do duriense Carlos Lebres, proprietário da Quinta da Basília, os vinhos que chegaram à mesa são o Basília branco colheita 2016, Basília tinto colheita 2010 e o Quinta da Basília Vinhas Velhas 2010 Premium

Em termos de gosto pessoal, o Tinto Colheita 2010 surpreendeu-me pela positiva mas todos se mostraram equilibrados. Um bom jantar, sem dúvida!

As fotos do jantar podem ser vistas no Facebook do Magnum Wine Club!

Prova Vínica Lavradores da Feitoria na Garrafeira 5 Estrelas

Paulo Ruão esteve, novamente, em Aveiro, para dar a conhecer as novas colheitas dos vinhos Lavradores da Feitoria, tendo existido a oportunidade de, igualmente, ver como estava a evolução do Meruge.

 

Provámos quase todos os vinhos a partir do Lavradores da Feitoria Branco 2016, Três Bagos Branco 2016, Sauvignon Blanc 2016 e o Rosé do mesmo ano. As novas colheitas mostraram-se, nos brancos, extremante interessantes, captando a atenção pela frescura e acidez. Os tintos estavam em grande forma com o meu, desde sempre, especial destaque a ser o Quinta da Costa 🙂

As fotos podem ser vistas no Facebook do Magnum Wine Club. E volta depressa, Paulo!

Magnum Wine Radio 24 – O Somnium da Joana Pinhão e do Rui Freire

No podcast de hoje falámos do jantar do Mélia Ria, com vinhos da Idealdrinks e a entrevistada foi a Joana Pinhão, que é enóloga e tem um projecto pessoal, com Rui Freire, chamado Somnium. Um branco diferente e “nada fácil”.

Sobre os Prémios

12710939_1723247697911034_983962983019617197_oSejam cabeças bem pensantes, pseudo-intelectuais, meros consumidores ou iluminados, tocar no assunto dos prémios é como um citadino tocar num vinho de vespas. Mesmo sem querer, acho que vai ficar com dores, temos todos a certeza.
Este inicio decorre de alguma discussão sadia (ou nem por isso) que tem ocorrido sobre o assunto do momento: Prémios. Como disse a semana passada, os principais meios noticiosos publicaram as suas listas nacionais dos melhores do ano. Deixo-vos aqui os melhores do ano da revista Wine e da Revista de Vinhos.

Antes de partirem para duelos de baixo nível, que se resumem a dois tipos de argumentos (“estes parolos não percebem nada disto e o XXX é melhor vinho que o YYYYY” ou “isto é tudo comprado”) típicos de Festival da Canção e não de pessoas civilizadas que até bebem bons vinhos, aqui ficam umas dicas by myself….
Entendam os critérios. Uns decidem em grupo, outros decidem dos vinhos que ao longo do ano foram os melhores individualmente
As escolhas são humanas e podem, por isso ser faliveis. Ainda mais numa área onde as “notas de citrinos, conjugadas com amêndoas e ervas” são descritores…
Todos podemos fazer listas: assumam-nas num blog ou texto e sujeitem-se a críticas ferozes da mesma forma que vocês fazem a quem é profissional do ofício.
Antes de criticarem os julgadores, critiquem a indústria: num mundo de milhares de marcas, é normal serem realçados as que trabalham a sua comunicação, imagem, etc e não o contrário
As escolhas também reproduzm, em certa medida, os gostos pessoais, por muito que as pessoas tentem ser profissionais. Se não gosto de Merlot, não será um vinho feito com a casta que estará nos meus preferidos, de certeza…
E como disse alguém que considero, é uma lista. Ah, e as regras acima são válidas para as milhentas medalhas que os vinhos ganham, em especial a primeira: percebam os critérios de cada prémio ou concurso!!!

E aqui ficam os melhores. Para a Wine: VINHO DO ANO Henriques & Henriques Tinta Negra 50 Anos (Vinho Madeira) PERSONALIDADE DO ANO NO VINHO Paula Cabaço (presidente Instituto do Vinho da Madeira) PRODUTOR DO ANO Quinta do Mouro (Alentejo) PRODUTOR REVELAÇÃO DO ANO Susana Esteban (Alentejo) ENÓLOGO DO ANO Charles Symington SOMMELIER DO ANO João Chambel (Estado d´Alma, Lisboa)

Para a Revista de Vinhos, escolhe “As melhores Compras”, “Os Melhores de Portugal”, os “Prémios Excelência” nos vinhos e os Prémios Especiais:
REVELAÇÃO DO ANO: Caminhos Cruzados
PRODUTOR DO ANO: Casa Agrícola HMR/Quinta Vale D. Maria
COOPERATIVA DO ANO; Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito
EMPRESA DO ANO: Adega Mãe / Parras Vinhos
EMPRESA DO ANO (VINHOS GENEROSOS): Gran Cruz
IDENTIDADE E CARÁCTER: Niepoort Vinhos
ENÓLOGO DO ANO: Bernardo Cabral
ENÓLOGO DO ANO (VINHOS GENEROSOS): Álvaro van Zeller
VITICULTURA: Nuno Magalhães
ORGANIZAÇÃO VITIVINÍCOLA DO ANO: Comissão Vitivinícola Regional do Dão
ENOTURISMO: Adega Mayor
GARRAFEIRA: Garage Wines (Matosinhos)
SENHOR DO VINHO: Luís Pato
CAMPANHA PUBLICITÁRIA DO ANO: Casa da Passarella (“Uma história escrita com vinho”)

Deixo-vos com esta nota final: costumo ir a duas garrafeiras premiadas (5 Estrelas em Aveiro e Garage Wines em Matosinhos) e tive o prazer de estar este ano no “produtor do ano”… e com o “Senhor do Vinho… 🙂