Baga Friends celebram o Dia Internacional da BAGA!

O próximo dia 21 de Maio marca o décimo aniversário dos Baga Friends e também a comemoração do Dia Internacional da Baga!

Os Baga Friends (Filipa Pato, Luis Pato, Quinta da Vacariça, Quinta das Bágeiras, Quinta de Baixo / Niepoort e Vinhos Sidónio de Sousa) juntaram-se há dez anos com o intuito de promover a casta rainha da Bairrada. Na altura, e até há pouco incluíam, António Rocha (vinhos Bussaco) e todos os anos foram promovendo a Baga e a Bairrada com eventos e uma promoção externa.

Para comemorar o décimo aniversário decidiram promover uma festa dupla, a 20 e 21 e lançaram o Dia Internacional da Baga – a 21 de maio – pretendendo que o terceiro fim de semana de maio seja, todos os anos, um momento de celebrar a casta que caracteriza os vinhos tintos e muitos espumantes da região.

Este ano, há um extenso programa de festas e aos jantares e/ou eventos mais intimistas de sexta-feira, o grupo tem um “dia aberto” no sábado, terminando a noite num jantar de todos, onde apresentam um novo associado, a empresa VADIO do casal Eduarda Dias e Luís Patrão.

Na sexta-feira a lógica é mais intimista. Há pequenos jantares, com grupos reduzidos, em que os convivas são presenteados com abertura de garrafas especiais. Já no sábado, a ideia é que os participantes comprem o passe diário de 40 euros para passear pelas adegas e provar novas colheitas e vinhos diferentes. Quem for fã pode comprar o passe diário VIP de 80 euros e recebe uma garrafa especial de um dos produtores assinada pelo mesmo.

No final do roteiro, um jantar para 100 pessoas no Rei dos Leitões com a presença de todos os Baga Friends encerra este dia de festa e de partilha que os Baga Friends pretendem que seja regular – no verdadeiro Dia Internacional da Baga. A aquisição de bilhetes é feita online e todas as informações podem ser encontradas na página dos Baga Friends no Facebook.

E os melhores do Ano para a Revista de Vinhos foram…

O blog Magnum Wine Club não esteve presente (presumimos que o convite tenha ficado perdido nos CTT) mas deixamo-vos aqui a listagem completa dos vencedores e guardamos para outro post os melhores vinhos do ano, versão Revista de Vinhos.

De realce, pela ligação de vários anos de amizade, a dois prémios: a de Garrafeira do Ano para a aveirense Garrafeira 5 Estrelas, das manas Paralta (e do Max) e o Produtor Revelação do Ano, a Quinta de Santiago da magnífica Joana Santiago!

Mas aqui ficam os premiados e algumas fotos disponibilizadas pela organização

“OS MELHORES DO ANO 2018 refletem o trabalho de entrega total, a procura incessante da perfeição, a originalidade, a capacidade de liderança, o saber fazer e o reconhecimento do setor”, referiu o diretor da publicação, Nuno Pires, no final da cerimónia que decorreu na Alfândega do Porto e reuniu 900 convidados das áreas do vinho, gastronomia e turismo.

Paul Symington, da Symington Family Estates, foi galardoado com o “Prémio Homenagem”; João Roquette, do Esporão, é a “Personalidade do Ano no Vinho”; a Aveleda é a “Empresa do Ano”; António Maçanita é o “Enólogo do Ano”; Luís Leocádio é o “Enólogo Revelação do Ano” e Gabriela Marques, do Restaurante Varanda, do Ritz Four Seasons, Lisboa, é a “Sommelier do Ano”.

No universo vínico, a Revista de Vinhos distinguiu ainda Quanta Terra (Douro) na categoria “Produtor do Ano”; Poças Júnior (Douro) como “Produtor de Vinhos Fortificados do Ano”; e a Quinta de Santiago (Vinhos Verdes, subregião de Monção e Melgaço) como “Produtor Revelação do Ano”. A “Marca do Ano” é Marquês de Borba (João Portugal Ramos, Alentejo), a “Loja / Garrafeira do Ano” é a Cinco Estrelas (Aveiro); e o “Distribuidor do Ano” é a Heritage Wines. O prémio “Inovação / Investigação do Ano” foi atribuído à Corticeira Amorim e o “Enoturismo do Ano” ao 17•56 Museu & Enoteca Real Companhia Velha (Vila Nova de Gaia).

Na componente gastronómica, o prémio “Personalidade do Ano na Gastronomia” foi entregue a Paulo Amado, Diretor da Inter Magazine, publicação dedicada à gastronomia, que organiza o concurso Chef Cozinheiro do Ano, e das Edições do Gosto. O “Chefe de Cozinha do Ano” é Benoît Sinthon, do Restaurante Il Gallo D’Oro, Hotel Cliff Bay Madeira, (Funchal) com duas estrelas Michelin, e o “Chefe Revelação do Ano” foi entregue a Óscar Gonçalves, do Restaurante G Pousada, que recebeu uma estrela Michelin em novembro (Bragança). O Alma, com duas estrelas Michelin, do chefe Henrique Sá Pessoa (Lisboa) é o “Restaurante Gastronómico do Ano”, o Terroso (Cascais) o “Restaurante Com Melhor Serviço de Vinhos do Ano” e o produtor de peixe e marisco Nutrifresco (Albufeira) o “Produtor Artesanal do Ano”. A cidade de Santarém recebeu o galardão de “Destino Gastronómico do Ano”. Por fim, a nível internacional, o jornalista gastronómico J. A. Dias Lopes é a “Personalidade do Ano no Brasil”.

 

Xutos em modo vinho, duas paixões numa só

Quem me conhece sabe que sou fã de longa data dos Xutos e Pontapés e muitos já foram os concertos que assisti, perto do palco ou, nalguns casos felizes, até mesmo no backstage. E tenho aproveitado a oportunidade para juntar duas paixões, com o vinho Xutos & Pontapés da Casa Relvas. Tenho em casa o Xutos 2011, e a Magnum 2013. E claro que terei esta edição dos 40 anos… se algum felizardo das de 2009 ainda a tiver por beber… bem, há quem queira 🙂

Agora mais a sério, belo vinho e excelente conjugação de paixões. É assim que pensa Alexandre Relvas e assim que penso eu. Força Xutos!

O “Xutos & Pontapés Edição Especial 40 Anos 1979 – 2019”, está disponível para venda online – www.xutos40anos.com – e em garrafeiras por todo o país desde 25 de janeiro, data do primeiro concerto, que teve lotação esgotada. Esta edição especial da Casa Relvas é limitada, são 4.000 garrafas e no site o custo é de 15€ já com portes incluidos.

Uma década depois da primeira parceria entre os músicos e o produtor de vinhos, em 2009, para comemoração dos 30 anos da banda, na altura ainda num registo privado com a produção de apenas 500 garrafas, a Casa Relvas apresenta o novo vinho da Herdade São Miguel, que promete o reavivar de muitas memórias de várias gerações.

“Tal como os elementos da banda rock mais acarinhada do país, este vinho tem um forte carácter, e é para nós um prazer renovar esta parceria que desde 2009 nos tem permitido fazer este tributo aos Xutos” – afirma Alexandre Relvas.

Alicante Bouschet, Touriga Franca e Touriga Nacional foram as castas escolhidas para dar corpo a este néctar dos “deuses” (do rock nacional) que se caracteriza por um aroma complexo de frutos vermelhos maduros, flores brancas e especiarias, bem integrados com notas de baunilha – nota de prova da responsabilidade da casa.

Enóphilo estende-se a Coimbra já este fim de semana!

A primeira edição do Enóphilo Wine Fest em Coimbra decorre no sábado, dia 9 de junho a partir das 15h00 no Convento São Francisco. Os apaixonados de vinho da zona centro têm assim a hipótese de provar mais de 200 vinhos, por apenas 5 euros.

A primeira edição do ENÓPHILO WINE FEST COIMBRA é, para Luís Gradíssimo, o organizador, um objectivo há muito ambicionado, pois “o vinho também é cultura e conhecimento”, e Coimbra é uma cidade “dinâmica, com pessoas ávidas de mais informação vínica”.

OS PRODUTORES

Vinho Verde: Quinta do Ferro; Quinta do Outeiro; Quinta do Regueiro; Covela; Vinho Verde Young Projects (Vale dos Ares, Quinta de Santiago, 100 Igual, Cazas Novas); Anselmo Mendes.

Douro e Porto: Quinta da Rede; Vinilourenço; Quinta da Costa do Pinhão; Vieira de Sousa.

Trás-os-Montes: Quinta do Gago; Do Joa.

Dão: Casa Anadia; Quinta de Lemos.

Bairrada: Joaquim Arnaud; Quinta dos Abibes; Giz by Luis Gomes; Quinta da Lagoa Velha; Quinta das Bágeiras; Kompassus

Beira Interior: Quinta do Cardo; Anselmo Mendes

Tejo: Romana Vini; Casal Branco; João Barbosa

Lisboa: Quinta de Pancas; Joaquim Arnaud; Infinitude; C. M. Oeiras – Vinho Carcavelos; Romana Vini; Quinta do Lagar Novo.

Península de Setúbal: Joaquim Arnaud; Herdade do Cebolal; Herdade do Portocarro.

Alentejo: Joaquim Arnaud; Vinha das Virtudes; João Barbosa.

O ENÓPHILO WINE FEST COIMBRA, vai contar com três provas especiais, com lugares limitados, e que serão oportunidades únicas para desfrutar de vinhos normalmente únicos.

Às 15h30 realiza-se a prova “QUINTA DO CARDO: PASSADO, PRESENTE E FUTURO”. Uma prova entre brancos e tintos que percorre a história da Quinta do Cardo, emblemático produtor da região da Beira Interior. Nesta prova serão apresentados alguns dos mais extraordinários vinhos produzidos nos últimos 40 anos. Compreenda a sua evolução e conheça de perto este terroir de altitude.

Depois, às 17h00 será a vez do produtor Sem Igual, demonstrar o potencial dos seus vinhos com a prova que intitulou “UMA VERTICAL SEM IGUAL”, na qual será possível provar todas as colheitas produzidas por este pequeno produtor da região do Vinho Verde, com vinhos brancos feitos com base nas castas Arinto e Azal. A começar com a antevisão da colheita 2017, será uma sucessão das colheitas produzidas, onde se poderá provar não só as diferenças naturais entre anos, como também a evolução que estes vinhos entretanto tiveram. A prova será conduzida por João Camizão, o produtor dos vinhos Sem Igual, num momento intimista e de partilha dos seus vinhos e experiências.

Por fim, às 18h30 realiza-se a prova “VILLA OEIRAS: COLHEITAS COM HISTÓRIA”. Uma prova vertical de várias colheitas do Vinho de Carcavelos, o Villa Oeiras, produzido pela Câmara Municipal de Oeiras. Um momento histórico, uma prova rara onde será possível provar vinhos em estágio e perceber a evolução ao longo do tempo.

Os bilhetes estão à venda na TicketLine on-line e na rede de aderentes, locais como Fnacs, Wortens e Centro Comercial Dolce Vita, por exemplo. O bilhete tem um valor de 5€ em pré-venda e no dia do evento custará 10 euros. As três Provas Especiais têm lugares limitados, o acesso a cada uma custa 20€. Quem não quiser perder nada tem o Pack Enóphilo por 50€ que inclui, também, a entrada no evento. A organização disponibiliza, a título de empréstimo, um copo Schott Zwiesel para degustação de mais de 200 vinhos.

Conheça aqui a listagem dos vencedores da Confraria dos Enófilos da Bairrada

Aqui fica a lista dos premiados do XXXVIII CONCURSO DE VINHOS DA CONFRARIA DOS ENÓFILOS DA BAIRRADA dados a conhecer na sexta-feira passada. Não esquecer, para os enófilos menos conhecedores da Bairrada, que estes vinhos estão em “primor” com excepção dos vinhos já identificados como fazendo parte de produtos finais (caso do São Domingos 2017 ou do Baga/Pinot do Poço do Lobo). Isto é, daqui por alguns anos é que conhecerão os vencedores dos tintos 🙂

TINTOS
1º – ADEGA DE CANTANHEDE – Lote de 50 Barricas

2º – CASA DO CANTO – Depósito 23

3º – QUINTA DA AGUIEIRA – Pipo 11

BRANCOS
1º – CASA DE SAIMA – Lote de Barricas

2º – CAVES SÃO DOMINGOS – São Domingos 2017

3º – ADEGA DE CANTANHEDE – Depósito 3

ROSÉS
1º- QUINTA DA MATA FIDALGA – Blush Rosé

2º – CAVES SÃO JOÃO – Quinta do Poço do Lobo Baga/Pinot Noir

3º – CAVE CENTRAL DA BAIRRADA – Depósito 7

Saiba quais os bairradinos premiados no Concurso dos vinhos de Portugal

Num podcast recente referimos os vencedores do Concurso Vinhos de Portugal deste ano. Mas entretanto houve algumas alterações/correcções e novidades e o blog pediu esclarecimentos à organização do concurso, a ViniPortugal. Através da agência de comunicação, recebemos a listagem completa dos vinhos certificados Bairrada que receberam medalhas e que damos a conhecer aqui.

Os nossos parabéns a todos os premiados. A ordem aqui colocada foi enviada pela organização.

Aliança Vinhos de Portugal Aliança Baga Clássico By Quinta da Dôna 2011 Grande Ouro
PositiveWine,lda Flutt 2015 Grande Ouro
Luis Pato Unip Lda Quinta do Moinho 2000 Grande Ouro
ADEGA COOPERATIVA DE CANTANHEDE, CRL MARQUÊS DE MARIALVA  – Baga Reserva 2014 Ouro
ADEGA COOPERATIVA DE CANTANHEDE, CRL MARQUÊS DE MARIALVA – Arinto Grande Reserva 2014 Ouro
Caves São João, Lda. QUINTA DO POÇO DO LOBO ARINTO & CHARDONNAY 2015 Ouro
CAVES DA MONTANHA – A. HENRIQUES, SA. A. HENRIQUES SUPER-RESERVA 2016 Ouro
Quinta doOrtigão – Sociedade Agroturistica, Lda Vinho Tinto Ortigão Reserva 2014 Prata
Quinta dos Abibes Quinta dos Abibes, Espumante Arinto e Baga 2013 2013 Prata
CAVES DA MONTANHA – A. HENRIQUES, SA. A. HENRIQUES 2013 Prata
Anadiagro Lda Casa do Canto, Baga@Bairrada 2015 Prata
Soociedade Agrícola e Comercial dos Vinhos Messias, S.A. MESSIAS GRANDE CUVÉE MILESIME BRUTO 2013 Prata
Global Wines Encontro 1 2013 Prata
ADEGA COOPERATIVA DE CANTANHEDE, CRL MARQUÊS DE MARIALVA – Extra Bruto Cuvée 2012 Prata
Rui Lucas PRIOR LUCAS – Tinto – Baga Tinta-Roriz Syrah 2015 Prata
Luis Pato Unip Lda Pato Rebel branco 2017 Prata

Uma tarde fantástica a descobrir a casta BAGA – Em Prova Cega!

Cerca de duas dezenas de apaixonados estiveram recentemente em Aveiro, no Restaurante SALPOENTE (que, diga-se, nos recebeu como verdadeiros príncipes do vinho) para aprender e muito sobre a casta BAGA.

Não entrando em discussões sobre se nasceu na Bairrada ou no Dão ou nos dois, o trajecto que foi feito foi temerário: proporcionou-se aos presentes um verdadeiro teste aos sentidos – (re)conhecer a casta!

Deixou-se de lado os vinhos que “gritam” Bairrada por todo o lado, pelo estilo, pela força, pelos taninos. Fomos tentar descobrir onde é que temerários produtores plantam a casta fora da Bairrada. Demos espaço a alguns dos jovens que estão a reinterpretar a casta (ou como outros dizem, voltando a métodos antigos) e misturámos tudo!

Depois de uma alocução sobre a casta pela mão do grande Ataíde Semedo, o grupo, constituído por alguns tarimbados em provas cegas, variadíssimos neófitos nestes metiers e alguns enólogos ou profissionais do sector, teve que “suportar” estoicamente 18 vinhos, não sabendo se estavam a beber Bagas feitos na Bairrada ou fora dela.

É que o desafio também foi esse! Desde o início, o Magnum Wine Club/Bairrada Wine Passion, com o apoio dos Cegos por Provas, quis juntar TODOS os vinhos com casta BAGA criados fora da Bairrada com os Bagas da Nova Geração (ou feitos como os antigos).

Conseguiu-se um plantel de grande nível. Praticamente todos os produtores de fora da Bairrada estiveram presentes e alguns da Bairrada. Aqui ficam os nomes dos que aceitaram o nosso desafio.

Fita Preta (António Maçanita) do Alentejo: Adega Camolas e Quinta Brejinho da Costa, de Setúbal; das Terras de Sicó, o Monte Formigão; pela Beira Interior, a Quinta dos Termos e pelo Douro, a Quinta de Vale Meão.

O “plantel” da Bairrada compunha-se de Ares da Bairrada (Regateiro), Ataíde Semedo, Campolargo, Caves Messias, GIZ, Pedro Guilherme Andrade, Vadio e VPuro.

Em termos globais, foi muito interessante verificar as conversas entre os presentes, muitas vezes sem saberem qual a “região” dos vinhos – cada flight tinha vinhos que eram “ou da Bairrada” ou de fora da Bairrada” mas no global o que foi mais curioso, sem dúvida, foi o espanto sobre os estilos, as formas de fazer e de trabalhar a casta BAGA.

A prova foi sobretudo educativa e por isso não serão publicados os resultados gerais, apenas acessíveis aos produtores presentes e aos participantes. Queremos no entanto referi r que a qualidade global foi muito interessante, com a constância das classificações (1 ponto a separar mais de metade dos vinhos em prova numa escala 10-20) e algumas surpresas.

Poderemos, de qualquer forma, dar os parabéns a todos os produtores, referindo que os vinhos Monte Formigão 2015 (Terras de Sicó) e Comendador Costa Reserva 2014 foram os que mais agradaram no sector dos “fora da Bairrada enquanto que entre os participantes da Bairrada, alguns dos preferidos foram o Grande Vadio 2013, o Ataíde Semedo Grande Reserva 2015, o Vinho D’Anita 2015 (Ares da Bairrada) e o Giz Quinta das Cavaleiras.

Muitos ficaram agora rendidos a todos os Bagas, desde os clássicos a este tipo de produtos e acreditamos que, só por isso, a prova já tenha validado a pena!

Os melhores vinhos de 2017 da Bairrada… segundo os críticos!

Um estudo Magnum Wine Club / BairradaWinePassion determinou os melhores vinhos da Bairrada para os críticos portugueses. E as conclusões são agridoces para os produtores desta grandiosa região.

Fazer uma avaliação de um vinho baseado nas opções de somente um crítico é sempre falível. Por muita consideração que tenho por qualquer um dos críticos, poderá haver condicionantes (zangas entre produtores e críticos, gosto pessoal, ser prova cega ou não) que façam com que o exercício solitário da avaliação seja, como referi, solitário e exclusivo. E também por isso, embora tendo opinião pessoal, recuso-me a fazer notas sobre os vinhos. Poderei, eventualmente, fazer listas dos vinhos que me apaixonaram, harmonizaram melhor, os de um determinado evento mas não dar notas absolutas de prova quando nem as condições são as melhores.

Entendi por isso, pegar nos críticos portugueses da imprensa especializada e em avaliadores regulares de vinhos para analisar como se comporta a Bairrada em geral, e os vinhos e os seus produtores em particular. E a imagem poderia ser bem mais bonita, o que comprova que ainda falta muito por fazer.

Para avaliar quais os melhores vinhos provados em 2017, temos que fazer duas tabelas: uma absoluta (que pessoalmente desconsidero em relação à outra) e outra em que apenas colocamos os vinhos provados por mais do que uma revista. Entendemos ser esta última mais JUSTA. Também avaliei as preferências pessoais de cada um dos críticos/revistas, nas tabelas que estão apresentadas no final do texto.

A segunda tabela, que como refiro, considero injusta, como poderão notar nas tabelas das revistas, é a seguinte:

Quanto a tendências e conclusões, aqui ficam:

  • Sendo a primeira vez que um comparativo destes é feito, referir que houve 232 vinhos analisados ao longo do ano é sempre uma análise subjectiva. Depende do trabalho de comunicação das empresas e da Comissão, depende da sugestão de temas e depende igualmente do que os produtores lançam para o mercado e querem ver promovido. As médias são o que são mas tendo em conta que há 40 produtores com vinhos analisados, dá uma média de 6 referências por cada um…
  • Segundo facto: 40 produtores com vinhos analisados. Destes, metade tiveram 4 ou menos referências analisadas. Podemos concluir duas coisas díspares: são somente 40 por cento dos associados da CVR Bairrada mas, pelo lado positivo, são o mesmo número de empresas que todos os anos estão na Feira do sector que se realiza no Velódromo.
  • Destes 232 vinhos, houve 137 analisados pelo João Paulo Martins (quase 60 por cento do total); 70 pela Revista de Vinhos; 60 pela Paixão pelo Vinho e 53 pela Vinho Grandes Escolhas (prejudicada nestas contas por não ter sido o ano inteiro…). Impressionante como os produtores escolhem por ignorar ou não aparecem notas de prova no FUGAS do Público, que ao longo do ano analisa mais de 300 vinhos e destes, apenas 7 foram Bairrada. Igual tendência no Fernando Melo (Evasões) e Aníbal Coutinho).
  • Estes números provam que os produtores da Bairrada, na sua generalidade, ou não querem mandar ou não sabem como mandar os seus vinhos para avaliação. É sintomático que o João Paulo Martins, que manda um email e solicita apoio à CVR consiga avaliar em 2017 o mesmo que as principais revistas… juntas.
  • Nota-se que há produtores que não se relacionam com certos críticos ou revistas. É tão evidente que nem vou fazer comentários em relação a isso. Cada um sabe da sua casa mas num modelo em que o vinho só aparece publicado se tiver nota 15 ou superior, estranha fica esta questão. Optei por não incluir os dados em bruto, estando disponível para conversar com quem pretender mais dados.
  • De louvar a dinâmica de Carlos Campolargo. Em diversas revistas, foram analisadas 23 referências da casa Campolargo, um destaque que lhe deu tempo de antena em todas as revistas e críticos da especialidade.

As casas que mais provas enviam, que usam mais esta ferramenta são a Aliança Vinhos de Portugal (o Aliança Reserva Tinto fez o pleno e foi analisado em todas as revistas e críticos), sendo Campolargo, São João e São Domingos igualmente versáteis a mandar. Casa de Saima, Messias e Adega de Cantanhede recebem menções honrosas nesse aspecto.

  • Não há qualquer relação entre ser grande ou pequeno e o número de críticas. Há casas que não mandam ou quase não mandam produtos para análise sendo empresas que produzem em grande quantidade e/ou ao mesmo tempo, recebendo outro tipo de prémios.
  • Há produtores que, pura e simplesmente, não enviam vinhos para análise nas revistas portuguesas. Vadio, Caves da Montanha e Filipa Pato são alguns exemplos, e esta última só apareceu numa reportagem na Vinho Grandes Escolhas – as notas dos vinhos são do guia de João Paulo Martins. Foz de Arouce e Luís Pato são outros casos. Em todos estes, a forte aposta no estrangeiro ajuda a perceber a opção.

É importante analisar também que a Bairrada é caracterizada pela preponderância de empresas de pequeno porte, com gestão familiar, o que poderá alterar a forma como se pensa na comunicação dos vinhos e no seu envio para análise.

Por fim, quero também lembrar que muitas das empresas da Bairrada ainda trabalham para um segmento de preço baixo (com produtos de qualidade interessantíssima para o preço apresentado) e entendem que os seus produtos não vão ser analisados devido a isso. Mas há bons exemplos do contrário, como poderei demonstrar a quem pretender.

Em relação à metodologia descrita abaixo, quero apenas realçar alguns pormenores. Optei, à falta de uma validação própria como a tabela da Decanter (de comparação entre notas 50-100 e notas 10-20) por fazer apenas a redução matemática, algo sempre criticável. Também poderão perguntar porque me centrei apenas em notas portuguesas. Simples… este estudo é para o mercado português, para o consumidor português. Desejo tudo de bom para as marcas exportadoras da Bairrada.

O estudo / ranking Magnum Wine Club / BairradaWinePassion 2017 tem por base os vinhos com denominação de origem Bairrada ou de produtores reconhecidos na Bairrada que submeteram garrafas suas a análise crítica de meios de comunicação social e críticos com publicações regulares. Foram escolhidas a Paixão pelo Vinho (nº67 a 70) referentes a 2017, Wine (a última edição), Revista de Vinhos e Vinho Grande Escolhas, Fugas, Evasões e os livros Copo e Alma de Aníbal Coutinho (só com 363 referências) e o guia do João Paulo Martins 2018.  Todas as marcas registadas são propriedade dos seus autores/produtores tendo este estudo sido realizado usando somente dados públicos, propriedade intelectual das revistas.

Os factos são factos, as conclusões são da minha inteira responsabilidade.

Aveiro, 15 de Janeiro de 2018

João Manuel Oliveira

jmo@magnumwineclub.com

Monção e Melgaço: Uma tarde de grande promoção vínica

Monção e Melgaço instalaram-se na passada segunda-feira, dia 27 de Novembro, na Casa do Vinho Verde, a sede da Comissão Vitivínicola dos Vinhos Verdes, no Porto, para um final de tarde grandioso de forma a provar a profissionais do ramo (distribuidores, garrafeiras, restauração, entre outros) que os vinhos Alvarinho de Monção e Melgaço harmonizam com os pratos tradicionais e os reinventados para este Natal.

Foram convidados seis chefes, de seis casas (a maioria do norte mas com a contribuição de Joaquim Almeida, de Évora) que deram a conhecer a sua criatividade em seis propostas (duas sobremesas, uma entrada e dois pratos) para momentos de Natal que harmonizassem com vinhos Alvarinho da sub-região de Monção e Melgaço.

A verdade é que os pratos estiveram em grande nível, os chefes mostraram-se simpáticos e comunicativos e os vinhos… combinações quase perfeitas, em que mais do que a capacidade de harmonização plena (perfeitamente conseguida), foi o gosto pessoal que permitiu, nalguns casos, destrinçar o “vencedor” de cada uma das harmonizações.

Em termos pessoais, serviu para conhecer marcas e referências ainda pouco conhecidas (o Poema Reserva e o Rebouça (especialmente o espumante)), e contactar com produtores presentes já consolidados no mercado.
Parabéns, e esperemos que para o ano haja mais. Visite o Facebook do Magnum Wine Club para mais fotos do evento.

Prova Vínica Ribafreixo Wines

Decorreu na passada sexta-feira a prova de vinhos habitual da Garrafeira 5 Estrelas, desta vez com vinhos da Ribafreixo Wines. É uma empresa ainda recente (faz 10 anos) e que junta a visão cosmopolita do seu fundador, Mário Pinheiro, cuja influência sul-africana, onde viveu, mostra-se no Chenin Blanc (Connections) ao conhecimento profundo do Nuno Bicó. apaixonado pelo rei Antão Vaz e outras castas. A marca mais sonante da casa é Gáudio, seguido dos Pato Frio e Barrancoa.

Mário Pinheiro e Nuno Bicó são os fundadores, Paulo Laureano dá a consultoria enológica, sendo a presença diária assegurada pelo enólogo Jorge Rebocho e Vitor Oliveira conjuga a componente comercial com um saber estar impecável!

Em três anos compraram 28 parcelas de terrenos abandonados, que transformaram numa propriedade única e uniforme à qual deram o nome de Herdade do Moinho Branco, com uma área de 114 hectares, juntinho à Vidigueira.

Provou-se:
PATO FRIO CASHMERE 2016
PATO FRIO ANTÃO VAZ 2016
PATO FRIO VERDELHO 2016
PATO FRIO GRANDE ESCOLHA ANTÃO VAZ 2015
PATO FRIO RED EDITION 2014
GÁUDIO VERDELHO 2016
GÁUDIO CLÁSSICO TINTO 2014
GÁUDIO RESERVA TINTO 2013
GÁUDIO VINHO LICOROSO 100% ANTÃO VAZ