Baga Friends celebram o Dia Internacional da BAGA!

O próximo dia 21 de Maio marca o décimo aniversário dos Baga Friends e também a comemoração do Dia Internacional da Baga!

Os Baga Friends (Filipa Pato, Luis Pato, Quinta da Vacariça, Quinta das Bágeiras, Quinta de Baixo / Niepoort e Vinhos Sidónio de Sousa) juntaram-se há dez anos com o intuito de promover a casta rainha da Bairrada. Na altura, e até há pouco incluíam, António Rocha (vinhos Bussaco) e todos os anos foram promovendo a Baga e a Bairrada com eventos e uma promoção externa.

Para comemorar o décimo aniversário decidiram promover uma festa dupla, a 20 e 21 e lançaram o Dia Internacional da Baga – a 21 de maio – pretendendo que o terceiro fim de semana de maio seja, todos os anos, um momento de celebrar a casta que caracteriza os vinhos tintos e muitos espumantes da região.

Este ano, há um extenso programa de festas e aos jantares e/ou eventos mais intimistas de sexta-feira, o grupo tem um “dia aberto” no sábado, terminando a noite num jantar de todos, onde apresentam um novo associado, a empresa VADIO do casal Eduarda Dias e Luís Patrão.

Na sexta-feira a lógica é mais intimista. Há pequenos jantares, com grupos reduzidos, em que os convivas são presenteados com abertura de garrafas especiais. Já no sábado, a ideia é que os participantes comprem o passe diário de 40 euros para passear pelas adegas e provar novas colheitas e vinhos diferentes. Quem for fã pode comprar o passe diário VIP de 80 euros e recebe uma garrafa especial de um dos produtores assinada pelo mesmo.

No final do roteiro, um jantar para 100 pessoas no Rei dos Leitões com a presença de todos os Baga Friends encerra este dia de festa e de partilha que os Baga Friends pretendem que seja regular – no verdadeiro Dia Internacional da Baga. A aquisição de bilhetes é feita online e todas as informações podem ser encontradas na página dos Baga Friends no Facebook.

Revista de Vinhos elegeu, em cerimónia online, os Melhores do Ano 2020

São já conhecidos “Os Melhores do Ano 2020” pela Revista de Vinhos, Os vencedores nas 24 categorias, segmentadas pelas áreas do vinho e da gastronomia, aqui ficam


 
“Encontrar mérito implica estar no terreno para conhecer na primeira pessoa, saber o que se faz em Portugal e o que se passa no mundo para poder acompanhar o dinamismo de setores ágeis e sofisticados, que criam tendências. Classificar esse mérito implica objetividade, rigor, independência e perspicácia, que se tem de aliar e conjugar com esse conhecimento obtido e processado dia a dia. Ter mérito merece reconhecimento. E ´Os Melhores do Ano´ da Revista de Vinhos são o culminar disso mesmo”, enfatiza Nuno Pires, diretor da Revista de Vinhos. 
 
António Guedes e Roberto Guedes, que presidiram até há pouco o Conselho de Administração da Aveleda, foram distinguidos com o “Prémio Homenagem” pelo brilhantismo das carreiras e a forma exemplar como conduziram a sucessão para a nova geração. O enólogo Domingos Soares Franco, que cumpriu a 40ª vindima e soma 39 anos na empresa de família, a José Maria da Fonseca, foi reconhecido “Personalidade do Ano no Vinho”. 
 
Casa da Passarella Vindima 2009, tinto elaborado no Dão, sub-região da Serra da Estrela, pelo enólogo Paulo Nunes, foi eleito “Vinho do Ano”. Fita Preta Vinhos, conduzida por António Maçanita e Sandra Sárria no Alentejo, obteve a distinção de “Produtor do Ano”, enquanto o prémio “Produtor Revelação do Ano” foi entregue a Frederico Machado e Ricardo Alves, da Arribas Wine Company, autênticos Indiana Jones que resgatam vinhas velhas nas Arribas do Douro, Trás-os-Montes. Tiago Sampaio, criador dos Uivo, entre outros vinhos de filosofia minimalista, venceu na categoria “Enólogo Revelação do Ano”. 
 
Filipa Pato, autora de alguns dos mais entusiasmantes vinhos da Bairrada da atualidade, foi eleita “Enóloga do Ano”, enquanto o projeto Villa Oeiras, que resgatou da previsível extinção o vinho fortificado de Carcavelos, por iniciativa do Município local, mereceu a distinção “Produtor de Vinhos Fortificados do Ano”.

Parras Wines, um dos gigantes do vinho português com diversas marcas de relevo em regiões como Lisboa, Tejo e Alentejo, entre outras, venceu na categoria “Empresa do Ano” e os vinhos Conde Vimioso, da Falua, região do Tejo, obtiveram o destaque de “Marca do Ano”, pelo dinamismo e abrangência de portefólio. 
 
A Casa Alcobaça, que tem demonstrado grande interação nas redes sociais nestes tempos de pandemia, venceu na categoria “Garrafeira do Ano” e a Heritage Wines foi considerada “Distribuidor do Ano”. Marc Pint, do Fifty Seconds, em Lisboa, obteve o título de “Sommelier do Ano”. 
 
A Quinta do Crasto, pelo culminar do projeto “Pat Gen Vineyards”, que tem identificado e visa preservar o património genético da famosa Vinha Maria Teresa, no Douro, ganhou na categoria “Inovação/Investigação do Ano”, enquanto o WoW – World of Wine, em Vila Nova de Gaia, foi eleito “Enoturismo do Ano”. 
 

Gastronomia e um tributo a Licínio Dias  
 
No capítulo gastronómico, a Revista de Vinhos considerou João Cepeda “Personalidade do Ano na Gastronomia”, destacando o mérito da ideia, o arrojo demonstrado e o reconhecimento da internacionalização do conceito para destinos como os EUA, Dubai ou Londres. 
 
Num ano particularmente difícil e turbulento na restauração, Ljubomir Stanisic foi considerado “Chefe de Cozinha do Ano”, por ter sido das vozes mais escutadas do setor e por ter ainda alcançado uma estrela Michelin para o restaurante 100 Maneiras, no Bairro Alto, Lisboa. Stéphanie Audet, canadiana que se radicou em Portugal e dá nas vistas no Senhor Uva, também em Lisboa, conquistou o prémio “Chefe de Cozinha Revelação do Ano”. 
 
O clássico Solar dos Presuntos, em fase de alargamento de instalações e que desde a década de 70 tem conquistado lisboetas e visitantes da capital com sabores de matriz minhota, obteve o prémio “Restaurante do Ano”, enquanto o portuense Vila Foz, pela qualidade da oferta e do serviço apresentados, foi distinguido “Restaurante com Melhor Serviço de Vinhos”. 
 
Lacticínios Marinhas, de Esposende, famosos pelos queijos e pela manteiga que tem sido considerada das melhores em termos internacionais, foi galardoada como “Produtor Artesanal do Ano” e Melgaço, no Alto Minho, pela diversidade de propostas enogastronómicas, culturais, patrimoniais e de turismo de natureza, a que se junta a grande vertente promocional de um território conhecido pelo Alvarinho e pelo fumeiro, recebeu o prémio “Destino Gastronómico do Ano”.

Por fim, realçar o prémio “Personalidade do Ano no Brasil” atribuído a Licínio Dias, recentemente desaparecido. Foi o criador da importadora Épice, um grande divulgador dos vinhos e da gastronomia no Nordeste brasileiro, reconhecido ainda pelo notável trabalho de promoção de referências portuguesas no Brasil. 
 
A Revista de Vinhos anunciou e entregou os prémios através da difusão de um programa online, emitido nas páginas de YouTube, Facebook e Instagram da publicação. Todos os detalhes, incluindo o “TOP 30 Vinhos Excelência 2020”, surgem na edição de fevereiro da Revista de Vinhos, desde hoje disponível nas bancas e também em versão digital. 

Todos os caminhos vão dar ao Porto – Simplesmente Vinho!

Já é um clássico! Um salão vínico diferente que entre hoje e amanhã, dias 21 e 22, entra no imaginário e nos copos dos enófilos mais apaixonados do país. A organização conta com 101 vignerons, que colocam os seus vinhos em cima de uma pipa e o dão a conhecer, contando a sua história. A não perder, das 16 às 22 horas. O bilhete custa 20 euros e toda a informação está… simplesmente… em http://simplesmentevinho.com/ e no Cais Novo, perto da Alfândega!

Qual o conceito?

simplesmente… Vinho é um salão off, manifestação independente e alternativa, que reúne vignerons unidos simplesmente… pelo Vinho. Vinho que respeita a terra e o terroir, a vinha e as uvas, pessoas e tradições. Vinho que simplesmente… quer ser vinho, bebido, apreciado, partilhado. Vinhos Sinceros, com uma dose saudável de loucura e poesia.

Nesta oitava edição, o simplesmente…Vinho fica em casa. Já sabem, precisamos do rio Douro, não passamos sem raízes, tradições, história, calçadas de pedra, paredes velhas, emoções novas e encontramos tudo isto simplesmente… no Cais Novo.

Em 2018 uniram esforços com a Quercus, para promover um mundo (rural) melhor e contribuir para minorar os efeitos dos dramáticos fogos de 2017. Em 2019, foram simplesmente… Brasil com Marina Santos e Israel Dédea (Vinha Unna). Em 2020 o convidado vem, com ou sem impeachment, da América, USA e Joe Swick.

A oitava edição conta com a presença de 100+1 vignerons de Portugal , España, USA e um convidado de France. Vinhos de terroir, autênticos.

Para além dos vinhos, há petiscos de 3 chefs amigos do vinho. Sim, porque nada melhor que amigos e bons petiscos para saborear vinhos sinceros. Em 2018, criaram uma zona de restauração para poderem simplesmente… jantar connosco. E em 2019, para ninguém ficar seco, Os Goliardos trouxeram-nos um bar de vinhos genial. Repetem tudo em 2020.

Nuno Pinto Leite, da galeria Ela Vai Nua, é o curador da exposição de arte. Artistas, cúmplices e complementares. Energia das paredes para os copos.
E como sempre, encerram cada um dos dois dias com um grande concerto musical.

Todos os caminhos vão dar ao Porto – A Essência

De hoje a domingo, decorre no Palácio da Bolsa a Essência do Vinho. Fixe desde já os horários:

DIAS E HORÁRIO DO EVENTO

20 de fevereiro / 15:00 – 20:00
21 de fevereiro e 22 de fevereiro / 15:00 – 21:00
23 de fevereiro / 15:00 – 19:00

A entrada geral diária, que inclui oferta de copo de provas Riedel, tem um valor de 25,00€ Mais info em www.essenciadovinhoporto.com
Essência do Vinho – Porto apresenta mais de 400 produtores e cerca de 4000 vinhos representados e em degustação, de Portugal e do mundo, 50 atividades paralelas que incluem provas temáticas, conversas sobre vinho, harmonizações enogastronómicas e jantares vínicos.

O reforço da internacionalização do evento é expresso na comitiva internacional de especialistas e líderes de opinião convidados, oriundos de uma dezena de países: Bélgica, Brasil, Dinamarca, Espanha, EUA, Inglaterra, Itália, Rússia, Suécia e Suíça. São jornalistas, críticos, wine writers e sommeliers. Parte desta comitiva internacional convidada elegerá o “TOP 10 Vinhos Portugueses”, uma prova de referência que já cumpre a 13.ª edição e que é promovida pela Revista de Vinhos.

Em simultâneo, a organização do evento está a receber pedidos consideráveis de acreditação de importadores de vinhos que operam em mercados internacionais, o que demonstra a afirmação do Essência do Vinho – Porto não apenas enquanto momento anual relevante na cidade e no país, mas ainda como uma iniciativa de relevo no calendário europeu do setor.

“Vinhos australianos de castas portuguesas” é uma das provas que certamente despertará maior curiosidade durante o Essência do Vinho – Porto. A jornalista e crítica de vinhos britânica Sarah Ahmed especializou-se em vinhos portugueses e australianos, partilhando com frequência, no blogue “The Wine Detective” e também na coluna mensal que escreve na Revista de Vinhos, as viagens e os vinhos que mais a têm surpreendido nessas incursões pelos dois países. Nesta prova dá a conhecer interpretações australianas de castas bem conhecidas dos portugueses, como a Touriga Nacional, o Tinto Cão, o Sousão, a Tinta Barroca ou o Arinto.

Dando seguimento à parceria estabelecida entre o International Wine Challenge (IWC) e a Revista de Vinhos, um dos fundadores da histórica e reputada competição estará também no Porto. Charles Metcalfe promove, durante o Essência do Vinho – Porto, a prova “Grandes Vinhos do IWC”, que destacará rótulos medalhados naquela competição. Durante o evento, os expositores presentes poderão ainda beneficiar de condições de participação especiais para inscrição de vinhos a concurso.

A 17.ª edição do Essência do Vinho – Porto contempla ainda provas da Quinta da Boavista (Douro, o “Produtor do Ano 2019” pela Revista de Vinhos); verticais de várias colheitas de vinhos da Casa Ferreirinha Callabriga (Douro), Casa da Passarella (Dão), Covela (Vinhos Verdes), Herdade das Servas (Alentejo), Quinta do Monte Xisto (Douro) e Quinta Vale D. Maria (Douro); lançamento da nova gama de vinhos Alvarinhos de parcela da Aveleda (Vinhos Verdes) e dos vinhos de talha do projeto XXVI Talhas (Alentejo); provas de vinhos estrangeiros de Barolo (Piemonte, Itália), Champagne (França) e Rieslings (Alemanha e Alsácia).

A edição de 2019 do evento Essência do Vinho confirmou a ligação da cidade do Porto ao vinho e ao turismo. O impacto gerado na cidade está avaliado em 3,5 milhões de euros, dos quais mais de um milhão só em alojamento. A conclusão consta do mais recente estudo de públicos do Essência do Vinho – Porto, realizado pelo Núcleo de Investigação do ISAG – European Business School (NIDISAG).

A relação entre o turismo e o vinho ficou bem evidente, considerando que 2 em cada 3 (66%) dos visitantes que residiam fora da Área Metropolitana do Porto viajaram propositadamente para o evento. O Essência do Vinho tem revelado enorme capacidade de atração turística, com a crescente participação de estrangeiros no evento (desde 2016, uma taxa de crescimento média anual de 64,5%).

A exemplo do que já sucede há vários anos, Essência do Vinho – Porto lançou um novo desafio a uma equipa criativa para pensar a imagem oficial de nova edição do evento. Desta vez, o repto foi lançado à equipa de designers do Studio Bruto, no Porto, que decidiu igualmente desafiar um ilustrador, Ricardo Leite, atualmente a viver e a trabalhar em Amesterdão, na Holanda.

Ria de Aveiro Weekend e Vagos Sensation Gourmet animam fim de semana

A Região de Aveiro está em festa este fim de semana com o Ria de Aveiro Weekend, iniciativa que, entre sexta-feira e domingo, convida a desfrutar de um programa de eventos repleto de gastronomia, festas, música, artes, património e tradição. Os 11 municípios da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA), instituição que promove o evento, são o palco desta celebração conjunta, que dá a conhecer em rede a riqueza do território nas suas mais diversas expressões, com particular enfoque na Ria de Aveiro, o recurso turístico de maior relevância da região.

É precisamente na Ria de Aveiro que acontece, no sábado, a partir das 14h30, um dos mais emblemáticos e esperados eventos do ano – a Grande Regata dos Moliceiros -, que este ano conta com 15 embarcações, mais três do que na edição passada, num esforço conjunto da Região de Aveiro em preservar uma tradição única. Nesta regata os barcos moliceiros navegarão à bolina, na sua configuração tradicional, desde a Praia da Torreira, na Murtosa até aos canais urbanos de Aveiro. O Conquistador é o mais jovem barco moliceiro da Ria de Aveiro e estreia-se nesta competição à vela e vara, após ter sido batizado no passado domingo na tradicional cerimónia do “Bota Abaixo”, na Murtosa. A chegada da regata está prevista para as 16h30 aos canais urbanos de Aveiro, onde decorrerá uma parada de embarcações acompanhada de música ao vivo e outras performances artísticas. Às 19h00, apresenta-se o projeto assinado pela companhia inglesa Walk the Plank, que resulta de um trabalho desenvolvido ao longo dos últimos meses em conjunto com participantes dos 11 municípios da CIRA, numa celebração simbólica e afetiva sem precedentes. 

Este projeto apresenta-se na sexta-feira às 21h30 na praia da Torreira, com uma performance noturna, que conjuga um cenário aquático com apontamentos de luzes e técnicas de fogo. A utilização do fogo é, de resto, uma das competências mais extraordinárias no trabalho desta companhia de Manchester, que promoveu várias oficinas de trabalho específicas orientadas por artistas plásticos, cenógrafos, coreógrafos e outros profissionais das artes do espetáculo. Este projeto com os Walk the Plank resulta de um desafio lançado pela CIRA para celebrar artisticamente a proximidade de todo o território ao universo aquático e paisagístico da Ria de Aveiro. O resultado poderá ser apreciado na Murtosa, na sexta-feira à noite, e no sábado, às 19 horas, no Cais da Finte Nova, em Aveiro.

Durante o fim de semana há ainda mostras gastronómicas na Murtosa, em Ílhavo, Aveiro e Vagos, com visitas guiadas a locais de produção, provas, degustações e workshops com prestigiados chefes nacionais.

Já o Vagos Sensation Gourmet decorre na Vagueira e junta chefs conhecidos, estrelas Michelin, caras conhecidas do mundo gastronómico e amigos para uma celebração das gentes, das comidas, do vinho, dos sabres e sabores locais. Um evento que se guindou rapidamente até ao estatuto de “must go” e que, num ambiente de grande informalidade, junta todos numa celebração gastronómica. O programa completo do Vagos Sensation Gourmet está no site, à sua espera!

 

Jantares eno-literários ajudam a comemorar os 110 anos do Vinho Verde

A partir de 13 de Abril, a Casa do Vinho Verde, na Rua da Restauração, Porto, abre portas a um ciclo de jantares temáticos que, mensalmente, propõe um “Regresso à Casa do Conde”. Um programa que convida a recuar até à segunda metade do século XIX e a frequentar o Palacete Silva Monteiro – que actualmente dá lugar à Casa do Vinho Verde – e num ambiente diferente aprender mais sobre três nomes grandes da literatura com jantares conduzidos por três chefs de renome. E o acompanhamento, claro, de vinho Verde.

Os oradores são Gonçalves Guimarães para descobrir Eça de Queiroz, conhecer Camilo Castelo Branco através de Isabel Pires de Lima e desvendar o universo do Conde Silva Monteiro com Joel Cleto.

Para além dos oradores convidados, três Chefs de referência confecionam menus inspirados em nomes maiores da literatura portuguesa e da sociedade portuense: a 13 de Abril, uma noite “à mesa com Eça de Queiroz” conta com o Chef António Pinto – da Casa de Tormes – para recriar o menu queirosiano de “A cidade e as serras” harmonizado com o “fresco, esperto, seivoso” Vinho Verde. A 25 de Maio, o Chef Renato Cunha revisita “A brasileira de Prazins” e apresenta produtos tradicionais da região minhota num menu Camiliano para estar “à mesa com Camilo Castelo Branco” e, a 29 de Junho, o Chef Hélio Loureiro prepara um jantar de inspiração oitocentista no Palacete da Rua da Restauração onde, à época, os salões se enchiam de arte e de cultura para receber a sociedade portuense.

O “Regresso á Casa do Conde” é uma iniciativa cultural integrada nas comemorações dos 110 anos da Região Demarcada dos Vinhos Verdes e tem como objectivo celebrar o Vinho Verde na literatura portuguesa, para além de promover a Obra do Conde Silva Monteiro, importante figura da cidade do Porto a nível cultural, económico, social e filantrópico.

“Regresso à Casa do Conde” | Ciclo de Jantares temáticos na Casa do Vinho Verde

13 de Abril – “À mesa com Eça de Queiroz” | Horário: 20 horas

Orador convidado: Gonçalves Guimarães | Chef António Pinto | Preço por pessoa: 50,00 euros

25 de Maio – “À mesa com Camilo Castelo Branco” | Horário: 20 horas

Orador convidado: Isabel Pires de Lima | Chef Renato Cunha | Preço por pessoa: 50,00 euros

29 de Junho | “Regresso à Casa do Conde” | Horário: 20 horas

Orador: Joel Cleto | Chef Hélio Loureiro | Preço por pessoa: 50,00 euros

As reservas são obrigatórias pelo email: marketing@vinhoverde.pt

 

E os melhores do Ano para a Revista de Vinhos foram…

O blog Magnum Wine Club não esteve presente (presumimos que o convite tenha ficado perdido nos CTT) mas deixamo-vos aqui a listagem completa dos vencedores e guardamos para outro post os melhores vinhos do ano, versão Revista de Vinhos.

De realce, pela ligação de vários anos de amizade, a dois prémios: a de Garrafeira do Ano para a aveirense Garrafeira 5 Estrelas, das manas Paralta (e do Max) e o Produtor Revelação do Ano, a Quinta de Santiago da magnífica Joana Santiago!

Mas aqui ficam os premiados e algumas fotos disponibilizadas pela organização

“OS MELHORES DO ANO 2018 refletem o trabalho de entrega total, a procura incessante da perfeição, a originalidade, a capacidade de liderança, o saber fazer e o reconhecimento do setor”, referiu o diretor da publicação, Nuno Pires, no final da cerimónia que decorreu na Alfândega do Porto e reuniu 900 convidados das áreas do vinho, gastronomia e turismo.

Paul Symington, da Symington Family Estates, foi galardoado com o “Prémio Homenagem”; João Roquette, do Esporão, é a “Personalidade do Ano no Vinho”; a Aveleda é a “Empresa do Ano”; António Maçanita é o “Enólogo do Ano”; Luís Leocádio é o “Enólogo Revelação do Ano” e Gabriela Marques, do Restaurante Varanda, do Ritz Four Seasons, Lisboa, é a “Sommelier do Ano”.

No universo vínico, a Revista de Vinhos distinguiu ainda Quanta Terra (Douro) na categoria “Produtor do Ano”; Poças Júnior (Douro) como “Produtor de Vinhos Fortificados do Ano”; e a Quinta de Santiago (Vinhos Verdes, subregião de Monção e Melgaço) como “Produtor Revelação do Ano”. A “Marca do Ano” é Marquês de Borba (João Portugal Ramos, Alentejo), a “Loja / Garrafeira do Ano” é a Cinco Estrelas (Aveiro); e o “Distribuidor do Ano” é a Heritage Wines. O prémio “Inovação / Investigação do Ano” foi atribuído à Corticeira Amorim e o “Enoturismo do Ano” ao 17•56 Museu & Enoteca Real Companhia Velha (Vila Nova de Gaia).

Na componente gastronómica, o prémio “Personalidade do Ano na Gastronomia” foi entregue a Paulo Amado, Diretor da Inter Magazine, publicação dedicada à gastronomia, que organiza o concurso Chef Cozinheiro do Ano, e das Edições do Gosto. O “Chefe de Cozinha do Ano” é Benoît Sinthon, do Restaurante Il Gallo D’Oro, Hotel Cliff Bay Madeira, (Funchal) com duas estrelas Michelin, e o “Chefe Revelação do Ano” foi entregue a Óscar Gonçalves, do Restaurante G Pousada, que recebeu uma estrela Michelin em novembro (Bragança). O Alma, com duas estrelas Michelin, do chefe Henrique Sá Pessoa (Lisboa) é o “Restaurante Gastronómico do Ano”, o Terroso (Cascais) o “Restaurante Com Melhor Serviço de Vinhos do Ano” e o produtor de peixe e marisco Nutrifresco (Albufeira) o “Produtor Artesanal do Ano”. A cidade de Santarém recebeu o galardão de “Destino Gastronómico do Ano”. Por fim, a nível internacional, o jornalista gastronómico J. A. Dias Lopes é a “Personalidade do Ano no Brasil”.

 

Confraria Gastronómica do Bacalhau comemora 20 anos e entroniza Rota da Bairrada e… Pedro Abrunhosa!

XX Capítulo da Confraria Gastronómica do Bacalhau – Conferência de imprensa (Foto: Carlos Duarte)

Decorre no próximo dia 20 de Janeiro, excepcionalmente a um domingo, na Casa da Cultura de Ílhavo (CCI) o 20º aniversário da Confraria Gastronómica do Bacalhau. E é nesse dia porque comemoram exactamente na data fundadora!  O programa é o habitual (mais abaixo deste texto) e os entronizados de honra são um homem ligado ao bacalhau (algo que é tradição), Pedro Abrunhosa e a Rota da Bairrada!

Aqui está o programa completo do repasto!

10.00h – Concentração das Confrarias Gastronómicas portuguesas e estrangeiras, sendo servida a “Patanisca de Honra”

11.00h – No auditório do CCI cerimónia evocativa dos 20 anos da Confraria, seguindo-se a entronização dos Confrades Efectivos (Alexandre Pinto – Prof. de Seguros, Aníbal Veiga  – Capitão da frota bacalhoeira e José Esteves, Arquitecto) e dos Confrades de Honra (José da Rocha Castro – “Zé do Miguel”, antigo pescador do bacalhau, Pedro Abrunhosa, cantor, compositor e músico e a Rota da Bairrada, entidade de carácter regional de dinamização, promoção e valorização da actividade vitivinícola da Bairrada.

Segue-se a troca de lembranças e a foto da “família Confrádica”

13.30 – Almoço

17.00h sessão de cinema “A Campanha do Argus” de Alan Villiers.

Gastronomia de Bordo no Gafanhoto (Gafanha da Encarnação)

O Gafanhoto é uma casa junto às Escolas (dai o nome da rua…) e do Pavilhão Desportivo. Para lá chegar, duas hipóteses, ou pela Estrada da Mota e depois da rotunda da Teka/Heliflex vira na primeira à esquerda até chegar ao pavilhão desportivo e aí vire à direita ou então, na rua principal da Gafanha da Encarnação, vire à esquerda quando notar o stand da Graçamotor. Pergunte e lá chegará.

Com estacionamento fácil, a perdição é logo na(s) entradas. Há quem nem “coma”, só “petisque”. O Paulo e a Gina apostam em produtos frescos – é habitual um cliente ouvir o “não temos” quando a qualidade não é a mesma – e os produtos da ria são deliciosos – noutras ocasiões não perca oportunidade de provar os berbigões, ameijoas e… bem, tudo o resto.

Mais uma vez fomos fazer a experiência gastronómica e, como “gato escaldado”… dizeram-nos que era obrigatório sermos dois a fazê-la. Como eramos exatamente dois, fomos por ai mas por prazer e gula, pedimos umas ostras ao natural de entrada… Estavam deliciosas, servidas com um vinagrete à parte e gomos de limão para tempero. A acompanhar, um flute de espumante Quinta das Bageiras Bruto Branco 2016, a copo, que o resto do menu vinha já a seguir.

A experiência vem com as ovas cozidas, temperadas com pimenta, alho e azeite em tosta seguida da patanisca de bacalhau, achatada, quentinha. a saber ao produto e não apenas ao restante… Com essas duas entradas (mais as ostras) já degustadas, pedimos uma garrafa de Quinta dos Abibes Sauvignon Blanc 2016 para acompanhar a Feijoada de Samos. O tempero puxou o copo, com os samos em boa compaia leguminosa e cheia de tudo o que uma feijoada merece, desde a cenoura à chouriça caseira.

Quando chega o Bacalhau à Gina, uma posta grande – sem dúvida grande – do mesmo, de boa qualidade, feita com primor, a lascar e vinda do forno com a batata e ainda umas migas ao lado… quase que nos arrependemos de ter comigo a feijoada toda 🙂

Derrotados com tanto sabor e quantidade, nem fomos à sobremesa. Pedimos um café e chegámos à conclusão que no Gafanhoto, só se consegue comer bem. Mas é preciso ter apetite para tudo 🙂 Vale a visita, no mínimo duas ou três vezes, e só para conhecer as especialidades. Nota final para a carta de vinhos, a mais completa dos três locais que visitamos. Desde a Bairrada às outras regiões, e com espaço para os Grandes Tintos e Brancos, também ai estamos em casa!

Restaurante O Gafanhoto

Rua da Escola, 21

3830-470 Gafanha da Encarnação

GPS: 40°36’16.6″N 8°43’44.5″W

Google Maps: 40.604608, -8.729022

Horário semanal: terça-feira a sábado entre as 12h00 e as 15h00 e entre as 19h00 e as 22h00, domingos entre as 12h00 e as 15h00. Encerramento semanal à segunda-feira.

Telefone para reservas: (+351) 933 293 713 ou (+351) 234 367 673

E-mail: paulorestauranteogafanhoto@hotmail.com

Gastronomia de Bordo no Maradentro (Ílhavo)

Restaurante situado no centro de Ílhavo, numa transversal da rua principal de acesso às Gafanhas e junto ao Cais da Malhada, o Maradentro tem uma sala simples e eficaz, e pretende – o desenho do nome, da carta e dos próprios vinhos assim o indica – apostar no Mar, no peixe e no Bacalhau.

Apostei mais uma vez na experiência gastronómica, que contemplava os vários momentos da refeição. As entradas, servidas com requinte, continham um azeite de Valpaços com extra acidez e flor de sal, um paté de bacalhau caseiro e ovas cozidas do mesmo, com pimentas de boa consistência. A acompanhar, um saquinho de pão com folar de Vale de Ílhavo, entre outras abordagens – broa, etc, que conjugaram de forma perfeita. Nesta primeira fase, acompanhei as entradas e a Chora com um espumante bairradino, o Quinta das Bageiras Bruto 2016 que esteve em óptimo nível.

A dita “Chora” de Bacalhau – cada restaurante ou local onde a coma irão contar uma versão de como era feita e razão do nome, desde a “lágrima”, o líquido que a cabeça do dito expulsava até às saudades dos pescadores nos seus dóris… – costuma variar entre uma versão bem pobre, em que uns fiapos e partes menos nobres (espinhas, peles, etc) do peixe em azeite ou, como a servida, mais “rica”, com arroz, hortelã e salsa. Mais feita ao estilo das mulheres dos pescadores.

Como prato principal, o arroz de brisa com línguas de bacalhau. Para quem conhece, é um arroz de grelos com línguas de bacalhau bem saborosas e tenras, soltinho, no ponto, e com uma quantidade no tachinho que daria claramente para dois!

Aproveitámos o ensejo para provar um vinho que entrará na carta para a próxima semana e que acompanhou de forma magnífica os dois momentos principais: falo do Fonte do Ouro Reserva Especial Encruzado 2017. Um acompanhamento imprescindível, embora a carta tenha outros momentos de prazer, a preços justos.

E já satisfeito, ainda tinha pela frente o Abafadinho de Bacalhau. O nominativo ilhavense para um tachinho de caldeirada de bacalhau, com o gadus morhua islandês a ser uma posta do cachaço do bacalhau, e de todos os tradicionais acompanhamentos de uma caldeirada: as batatas, pimento, tomate, salsa e umas fatias de pão no tomate.

Já no campo da lúxuria, provou-se as Papas de Abóbora, sem a coloração habitual (devido a uso da canela e do vinho do Porto) mas de sabor característico e onde os frutos secos, postos por cima, davam um toque crocante muito agradável.

E se ainda não pensássemos mais em bacalhau, o café, acompanhado de um biscoito em forma de bacalhau lembrar-no-ia que estávamos numa casa em que o rei de Ílhavo quer estar presente de todas as formas!

Em resumo, uma casa que com um ou dois pequenos ajustes – os tachinhos precisam ser mais bonitos pois o conteúdo merece – pode ter a vida e a frequência de quem quer conhecer o Bacalhau nas suas diversas formas – eles têm um menu de degustação que é para duas pessoas, claramente, pelas quantidades experimentadas no decorrer do Festival!

 

Restaurante Maradentro

Rua da Malhada, 2A

3830-141 Ílhavo

GPS: 40°36’21.5″N 8°40’32.5″W

Google Maps: 40.605981, -8.675696

Horário semanal: Quarta a segunda-feira: almoços entre as 12h00 e as 15h00 e jantares entre as 19h00 e as 22h30.

Telefone para reservas: (+351) 910 497 439

E-mail: rsvp@maradentro.restaurant

E-mail: info@maradentro.restaurant