E decorreu a quinta edição do Bairrada Vinho e Sabores…

Como foi garantido, este blog esteve presente no Bairrada Vinho e Sabores. Nunca falhámos uma edição e por isso também não falharíamos esta. Mas como enófilos, fizémos um certo programa paralelo 🙂 Já contaremos tudo, e referimos o que entendemos estar bom, mais ou menos, e a necessitar urgentemente de alteração.

O evento nunca esteve cheio – e o termo de comparação dos outros anos foi igual: a sexta-feira e o sábado mas isso é uma pescadinha de rabo na boca: dá para circular e chegar aos stands e não há encontrões… O espaço é grande (dai dar a sensação de não estar “repleto”) e o número de participantes é limitado.

Aqui estamos no segundo ponto: pelo menos dois/tres produtores novos estiveram presentes (Lagoa Velha, Positive Wine e Terras de Sicó) e não faltou nenhum dos óbvios e bons nomes da Bairrada. Tendo em conta o mercado, neste parâmetro está impecável.

Terceiro ponto: a presença dos produtores e dos vinhos. Aqui é que o problema surge mais amplificado, nomeadamente quando estamos a falar das marcas mais fortes. Mas mesmo assim, na grande maioria das casas, somos recebidos pelos produtores ou enólogos. Alguns falham ou não estão presentes (e a vindima não desculpa tudo) o que se nota. Posso dar o exemplo que em Nelas, no fim de semana passado, a grande maioria das casas estavam os produtores. E isso para os enófilos conta muito.  Quanto aos vinhos, é natural que com produtos “topo de gama” em quantidades diminutas, os produtores não o tragam para a feira. Nada contra. Estratégias. Outros, inteligentes, seleccionam os clientes e usam a conhecida técnica da “garrafa debaixo da mesa”. Perfeito. É que os críticos não se podem esquecer que é uma feira de entrada livre. Deixamos uma sugestão, muito boa, para futuras edições.

Quarto ponto: O programa. Que foi mais do mesmo. Acrescentaram os jantares dos produtores – no local – ao invés os jantares no Velódromo. E acrescentaram o concurso de fotografia. Em relação às provas comentadas, ao invés de figuras nacionais (João Afonso e Fernando Melo) recorreram ao João Filipe Soares (enólogo da Messias) e ao Francisco Antunes (Enólogo da Aliança). O Luís Lopes continua a fazer a sua prova mais superlativa, no sábado às 18h ( o que corta a participação dos que querem estar a ver stand, mas entende-se pois a programação da organização não é a nossa).

No geral, o Bairrada Vinho e Sabores é um conceito semelhante a outros, que ao enófilo interessa e ao público em geral interessa muito. E como é para eles que a Feira é dirigida, só aconselho alguma reflexão sobre as sugestões abaixo.

Pontos positivos: Entrada Livre – Franca Participação dos Produtores – Produtos à disposição, no geral

Pontos mais ou menos: Temperatura de serviço nos tintos – falta de preparação de alguns jovens para enófilos com mais conhecimento – Falta de animação que agarre o público – Falta de informação sobre o preço dos copos (que era bem acessível)

Sugestões de Melhoria: Programação extra-feira (inexistente) – Entrada Premium com direito a “outros vinhos” – Programação musical para o público em geral se deslocar ao local.

As fotos completas dos vinhos provados estão no Facebook do Magnum Wine Club

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